Ao Conselho de campus da UFFS em Chapecó:
No dia 17 de junho os trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação (TAEs) da Universidade Federal da Fronteira Sul, em Chapecó, aderiram à greve nacional da categoria. A decisão, tomada no dia 11 de junho, aconteceu depois de duas paralisações – em 28 de maio e 11 de junho.
Os TAEs, que têm o menor piso do Poder Executivo, estão mobilizados em todo o país desde 28 de maio. A última negociação com o governo, oriunda da greve nacional de 2012, resultou em reposição parcial de 15,8% divididos em três anos – índice que sequer repõe a inflação do período. Ao fim daquela mesma greve, o acordo entre o governo e a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) previa a criação de grupos de trabalho para a discussão do plano de carreira, o que não teve continuidade por parte do MEC.
A categoria tem uma pauta extensa e histórica. Dentre outros pontos, reivindica uma política salarial permanente com correções e reposições das perdas inflacionárias (o que hoje chega a 27,3%), data-base, isonomia salarial e de benefícios entre os poderes e também se manifesta contra o corte de verbas na Educação, anunciado em quase 10 bilhões de reais.
Sabemos que esta conjuntura prejudica decisivamente a possibilidade de avanço do sistema educacional brasileiro e o cumprimento das metas apontadas no Plano Nacional de Educação.
O SINDTAE, nosso sindicato, fundado há exatos dois meses, une-se às vozes dos movimentos sociais que constituem esta universidade e, em assembleias locais, têm deliberado pela participação no movimento paredista nacional. Cinco, dos seis campi da UFFS já aderiram à greve e somam-se a mais de 65 instituições de ensino superior do país que têm suas atividades técnicas paralisadas.
Entendemos que seja urgente todos os trabalhadores e trabalhadoras da educação unirem-se pela defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. A educação deste país não pode, mais uma vez, pagar a conta e apenas assistir inerte aos encaminhamentos que vão na contramão dos processos que primam pela formação qualificada de seus cidadãos. Convidamos a todos e a todas aqui presentes para solidarizarem-se ao movimento dos técnicos e, acima de tudo, a levantarem suas bandeiras por um sistema educacional forte e resistente às oscilações e vontades do capital.
Respeitosamente,
Trabalhadores(as) técnico-administrativos em educação da UFFS – Chapecó