Categoria técnico-administrativa em educação nos seis campi da Universidade Federal da Fronteira Sul se mobiliza contra o desmonte da Previdência
Relato da Assembleia Geral Extraordinária, convocada pela Executiva Geral do SINDTAE, ocorrida nesta segunda-feira.
INFORMES
PLEDUCA. Ultrajante ausência não justificada de Progesp e DDP na reunião convocada. Câmara de Administração requisitou resposta da DDP quanto ao descumprimento da Resolução. Sessão quarta-feira 26/04 14h, todos convidados.
CONTROLE ELETRÔNICO. Está para ser divulgado questionário para levantar estatísticas.
ADESÃO À GREVE GERAL DE 28/04/2017
Data prevista por todas as centrais e encaminhada pela FASUBRA Sindical. O SINDTAE tem feito localmente reuniões com outras diversas entidades tentando ajudar a tornar um dia histórico para derrubar o ataque à Previdência e outras reformas que retiram direitos dos trabalhadores. Precisamos, primeiramente, obter a maior participação possível da categoria na UFFS e, também, de outras categorias que já deliberaram adesão, dispostas inclusive a talvez perder um dia de remuneração para dar um basta à retirada de tão importantes direitos.
Foram levantados nas reuniões dos movimentos sociais os problemas de participação da comunidade acadêmica da UFFS nesses atos. Surgiu então a ideia de requisitar uma reunião com o reitor da universidade, que ocorreu no dia 20/04, com representação das centrais sindicais, dos estudantes, do SINDTAE e da SINDUFFS. Não houve por parte do reitor qualquer resistência em relação aos atos de 28 de abril. Foi possível um acordo prévio entre os participantes no sentido de frisar a liberdade de adesão da comunidade acadêmica às mobilizações e que não haverá desconto salarial pelo exercício do direito de greve, mediante a posterior reposição do trabalho. Este tipo de acordo prévio não é usual, pois normalmente é feito depois da deflagração da paralisação, porém é perfeitamente cabível e o objetivo dos sindicatos com isto é obter a maior participação possível, inclusive daqueles que costumam se sentem inseguros.
Foi lembrado que o processo de ataque aos direitos dos trabalhadores vem há tempos e que se materializou recentemente com a emenda constitucional que congela o orçamento pelas próximas duas décadas e tem continuidade pela liberação irrestrita da terceirização, com o iminente desmonte da previdência e dos direitos trabalhistas. A prevalência de negociado sobre o legislado significaria o fim da CLT, ao mesmo tempo em que os sindicatos, responsáveis por representarem os trabalhadores, estariam mais fragilizados ainda nessa complicada relação em que o interesse do capital tende a sobressair.
Lembra-se ainda que na própria UFFS os terceirizados já sofrem os problemas que tendem a ficar ainda mais graves.
Nota-se a sociedade geral com dificuldade de perceber a gravidade dos acontecimentos. Por outro lado, deputados presentes recentemente em Laranjeiras do Sul declararam estar preocupados com a opinião da sociedade e muitos que inicialmente eram favoráveis às reformas estão mudando de posicionamento.
Erechim já tem organizado ato, pelo Comitê de Luta Popular, sexta-feira, 13h na Praça da Bandeira: palavras de ordem, aula pública. Percebeu-se por parte do reitor na reunião receio de que a próxima reforma seja universitária com grave risco às instituições novas e populares como a nossa. Todas as categorias precisam se unir já para que haja um basta.
Precisamos, portanto, conscientizar todos os colegas, inclusive pelo perigo próximo de o governo inviabilizar a própria universidade que ainda está tão nova e por isso ainda não parece atingida pelo sucateamento, mas corre o risco inclusive de ter campi menores fechados pelos cortes anunciados e os que estão por vir.
ADESÃO DA CATEGORIA TÉCNICO-ADMINISTRATIVA NA UFFS À GREVE GERAL DE 28/04/2017 APROVADA POR UNANIMIDADE.
Acordo UFFS/SINDTAE/SINDUFFS de 20/04/2017 ratificado.