À Comunidade Acadêmica da UFFS, às Entidades e Movimentos Sociais
Assunto: Corte de ponto dos servidores técnico-administrativos em educação participantes da paralisação nacional do dia 30/06/2017.
UFFS, onde você estava no dia 30/06/2017?
Nós, trabalhadores da educação, estávamos na rua, lutando contra as reformas do governo golpista de Michel Temer
Do histórico:
Abril a junho de 2017 - Chamada Nacional das Centrais Sindicais e Movimentos Sociais de todo o país para LUTAR CONTRA O GOVERNO GOLPISTA DE MICHEL TEMER.
28/04/2017 - Greve Geral - Trabalhadores da educação paralisam suas atividades;
26/06/2017 - Em assembleia convocada pelo SINDTAE, a categoria adere à GREVE GERAL, organizada em todo o país, como estratégia de luta contra as reformas propostas pelo governo não eleito e que retiram direitos;
26/06/2017 - O SINDTAE envia o Ofício 10/SINDTAE/2017 à reitoria, informando: a adesão da categoria ao movimento paredista, a abertura ao diálogo, disponibilidade para reposição do trabalho acumulado do dia 30/06/2017 e, se necessário, manutenção de atividades legalmente consideradas essenciais (documento disponível no SGPD);
27/06/2017 - SINDTAE, SINDUFFS e PROIFES são convidados pelo reitor em exercício para reunião;
28/06/2017 - O SINDTAE, sempre aberto ao diálogo, comparece ao encontro e reafirma sua disponibilidade e interesse em repor o trabalho acumulado em decorrência da greve ainda não ocorrida;
30/06/2017 - Greve Geral - Trabalhadores da educação paralisam suas atividades;
Pós 30/06/2017 - Reposição das atividades acumuladas do dia 30/06, conforme já fizera em decorrência dos movimentos paredistas anteriores;
De julho a agosto de 2017 - A gestão da UFFS ignora a existência do SINDTAE e as possibilidades de comunicação contemporâneas formais e/ou informais (ofício, e-mail, telefone, Whatsapp, etc). São subtraídas das repartições do alto escalão da UFFS (Gabinete do Reitor e PROGESP), por mais de 45 dias, o Ofício 10/SINDTAE/2017 e a própria reunião com o vice-reitor da UFFS. Como consequência, a categoria então mobilizada é sorrateiramente golpeada e surpreendida pela marcação nos assentamentos funcionais do desconto dos salários por ter exercido greve no dia 30/06/2017.
16/08/2017 - É publicada a prévia dos contracheques com os descontos;
17/08/2017 - Em reunião do SINDTAE com o reitor, de 15 minutos, acordada formalização da reposição de trabalho e reversão das marcações nos assentamentos funcionais;
18/08/2017, 10 horas da manhã - Assinatura do termo de acordo que reverte os descontos e marcações por considerar o período como efetivo exercício;
21/08/2017 - CONSOLIDAÇÃO, nos contracheques, do desconto por motivo greve aos técnico- administrativos da UFFS.
Contracheque do mês de setembro/2017 - Espera-se consolidação do RESSARCIMENTO, conforme o acordo firmado entre SINDTAE e reitoria da UFFS.
Diante de todo o exposto, algumas perguntas:
Por que motivo apenas o dia 28/06/17 (anterior à greve) foi o dia ELEITO como passível de diálogo?
O que motiva a UFFS a tratar a greve do dia 30/06/17 desta forma?
Quais ordenamentos legais justificam a diferença de tratamento da greve de 30/06/17?
Há um diagnóstico do trabalho NÃO REPOSTO em face ao fechamento de setores no dia 30/06/17?
Se uma reunião de 15 minutos, por videoconferência, com o reitor poderia evitar:
- trabalho e retrabalho dos colegas da PROGESP;
- desgaste político da atual reitoria;
- desconto em folha consolidado nos vencimentos de agosto de 2017; acrescentamos:
Estas práticas, históricas na UFFS (vide ação judicial da greve de 2012), são reiteradamente executadas por falta de consciência histórica? Por necessidade de minimizar as ações propostas pela categoria organizada?
O SINDTAE, buscando respostas para as perguntas citadas, ocupa-se, neste momento, apenas em dizer que LAMENTA a postura da alta gestão da UFFS, especialmente do Gabinete do Reitor e da PROGESP, essencialmente por entender que neste ínterim (de 30/06 a 16/08), em que fomos golpeados, nós estávamos, como sempre estivemos, CONSTRUINDO a UFFS. Afinal, nossas demandas e nossos esforços são pela CONSOLIDAÇÃO da UFFS, pela qualificação dos processos e serviços aqui prestados, pelo fortalecimento das instituições que lutam CONTRA OS ATAQUES aos trabalhadores, advindos das diferentes esferas neste país.
Por fim, gostaríamos de deixar claro que escolhemos um lado desde o dia em que o SINDTAE foi fundado, em 25/04/2015: o lado do trabalhador, da busca incessante pela plenitude de nossos direitos, do fortalecimento do papel do Estado e das instituições públicas e a luta por uma sociedade mais justa. E, ao escolhermos e nos identificarmos com a história da UFFS optamos, também, por nos contrapor a toda e qualquer prática que menospreze, minimize ou desconsidere a pauta de uma categoria organizada como é a do SINDTAE. Por isso, seguimos na LUTA!